é o segundo
planeta do
Sistema Solar em ordem de distância a partir do
Sol, orbitando-o a cada 224,7 dias. Recebeu seu nome em homenagem à deusa
romana do amor e da beleza
Vénus, equivalente a
Afrodite. Depois da
Lua, é o objeto mais brilhante do céu noturno, atingindo uma
magnitude aparente de -4,6, o suficiente para produzir sombras. Como Vénus se encontra mais próximo do Sol do que a Terra, ele pode ser visto aproximadamente na mesma direção do Sol (sua maior
elongação é de 47,8°). Vénus atinge seu brilho máximo algumas horas antes da
alvorada ou depois do
ocaso, sendo por isso conhecido como a estrela da manhã (
Estrela d'Alva) ou estrela da tarde (
Vésper); também é chamado
Estrela do Pastor.
Vénus é considerado um planeta do
tipo terrestre ou telúrico, chamado com frequência de planeta irmão da
Terra, já que ambos são similares quanto ao tamanho,
massa e composição. Vénus é coberto por uma camada opaca de nuvens de
ácido sulfúrico altamente reflexivas, impedindo que a sua superfície seja vista do espaço na
luz visível. Ele possui a mais densa
atmosfera entre todos os planetas terrestres do Sistema Solar, constituída principalmente de
dióxido de carbono. Vénus não possui um
ciclo do carbono para fixar o carbono em rochas ou outros componentes da superfície, nem parece ter qualquer vida orgânica para absorvê-lo como biomassa. Acredita-se que no passado Vénus possuía oceanos como os da Terra, que se evaporaram quando a temperatura se elevou, restando uma paisagem desértica, seca e poeirenta, com muitas pedras em forma de placas. A água provavelmente se
dissociou e, devido à inexistência de um campo magnético, o hidrogênio foi arrastado para o espaço interplanetário pelo
vento solar. A
pressão atmosférica na superfície do planeta é 92 vezes a da Terra.
A superfície venusiana foi objeto de especulação até que alguns dos seus segredos foram revelados pela
ciência planetária no
século XX. Ele foi finalmente mapeado em detalhes pelo Projeto
Magellan em 1990-91. O solo apresenta evidências de extenso
vulcanismo e o
enxofre na atmosfera pode indicar que houve algumas erupções recentes. Entretanto, a falta de evidência de fluxo de
lava acompanhando algumas das
caldeiras visíveis permanece um enigma. O planeta possui poucas
crateras de impacto, demonstrando que a superfície é relativamente jovem, com idade de aproximadamente 300-600 milhões de anos. Não há evidência de
placas tectônicas, possivelmente porque a crosta é muito forte para ser reduzida, sem água para torná-la menos viscosa. Em vez disso, Vénus pode perder seu calor interno em eventos periódicos de reposição da superfície.