Putin tem governado a Rússia desde a renúncia de
Boris Iéltsin, em
1999. Seu primeiro governo foi marcado por profundas reformas políticas e econômicas, pelo
estadismo, por novas tensões com os
Estados Unidos e
Europa Ocidental, pela rigidez com os rebeldes
chechenos e pelo resgate do
nacionalismo russo, atitudes que lembram em parte o regime
soviético e o
czarismo. Entre os eventos mais notáveis de seu governo, estão o decreto que permite a indicação dos governadores dos
distritos russos pelo próprio presidente, a
restauração do controle russo sobre a república separatista da
Chechênia, os assassinatos não esclarecidos de seus opositores políticos
Anna Politkovskaia e
Alexander Litvinenko, o fim do
colapso econômico russo, a estatização de setores estratégicos que até então estavam nas mãos dos
oligarcas russos e as consequentes prisões de muitos deles e vários desacordos diplomáticos com a
OTAN, sendo os mais memoráveis deles a discussão quanto ao estabelecimento de mísseis no
Leste Europeu, que levou Putin a criticar publicamente a política internacional norte-americana, e o apoio russo aos separatistas na Ucrânia, após este país ter se alinhado à Aliança Atlântica.
Por dezesseis anos, Putin foi oficial do KGB, o serviço secreto da
União Soviética, chegando à patente de
tenente-coronel. Ele se aposentaria das atividades militares para ingressar na política, em sua cidade, São Petersburgo, em
1991. Mudou-se para
Moscou em
1996, para que fizesse parte da administração do então presidente
Boris Iéltsin, na qual cresceu rapidamente, tornando-se presidente interino em
31 de Dezembro de 1999, quando o presidente Iéltsin renunciou ao cargo inesperadamente. Putin venceria a eleição do ano seguinte, tornando-se de fato Presidente da Rússia, sendo reeleito em
2004. Putin foi impedido de concorrer para um terceiro mandato em
2008, já que, na época, a
Constituição russa só permitia dois mandatos consecutivos. Assim sendo, seu aliado
Dmitri Medvedev seria seu sucessor, o que levaria à escolha de Putin como primeiro-ministro do país, cargo que ele manteve até o final da presidência de Medvedev. Em Setembro de
2011, Putin anunciou que concorreria a um terceiro mandato nas eleições do ano seguinte, gerando diversos protestos nas principais cidades do país. Como esperado, Putin foi reeleito por mais seis anos, em seu terceiro mandato, que tem fim previsto para
2018.