A
arquitectura religiosa, assenta essencialmente nos
edifícios de funções sagradas, as
igrejas. A sua aparência exterior ganhava importância alegórica, equivalendo ou ultrapassando a do interior. Constituindo os
templos verdadeiros índices das comunidades que os patrocinam e em que se integram: a nível
económico, dada a maior ou menor dimensão e riqueza decorativa do edifício; a nível
cultural, em função da erudição dos programas
iconográficos; a nível
social e
político, pela associação explícita de importantes personalidades, régias, nobres ou eclesiásticas, que escolheram o templo para seu
panteão; ou mesmo nos planos mental e militar, dado o carácter de alguma da sua
escultura marginal. Locais de culto e oração, as igrejas
românicas, particularmente em
Portugal e
Espanha, são também frequentemente os locais de reunião cívica das
paróquias, pólos de festejo litúrgicos e profanos..