Os
atentados de 11 de março de 2004, também conhecidos como
11-M, foram
atentados terroristas coordenados, quase simultâneos, contra o sistema de trens suburbanos da
Cercanías, em
Madrid,
Espanha, na manhã de 11 de março de 2004, três dias antes das eleições gerais espanholas. As explosões mataram 191 pessoas e feriram . A investigação oficial por parte do judiciário espanhol constatou que os ataques foram dirigidos por uma célula terrorista inspirada na
al-Qaeda, apesar de nenhuma participação direta do grupo extremista ter sido estabelecida. Embora de não terem tido nenhum papel no planejamento ou na execução dos ataques, os mineiros espanhóis que venderam os explosivos para os terroristas também foram presos.
A controvérsia sobre a autoria dos bombardeios por parte do governo surgiu depois que os dois principais partidos políticos da Espanha —
Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o
Partido Popular (PP) — acusaram-se mutuamente de ocultar ou distorcer evidências por razões eleitorais. Os atentados ocorreram três dias antes das eleições gerais em que o PP, liderado por
José María Aznar, foi derrotado. Imediatamente após o atentado, os líderes do PP alegaram evidências indicando a organização
separatista basca Euskadi Ta Askatasuna (ETA) como a culpada pelos atentados.
No entanto, depois que uma conexão com o
fundamentalismo islâmico foi estabelecida, o governo do PP colocou a Espanha na
Guerra do Iraque, uma política extremamente impopular entre os espanhóis. Manifestações e protestos nacionais pediram ao governo para dizer a verdade. A visão predominante entre os analistas políticos é que a administração Aznar perdeu as eleições gerais por tentar manipular a responsabilidade dos ataques terroristas, e não pelos atentados em si.