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biomineralização é o processo pelo qual organismos vivos produzem minerais, muitas vezes para endurecer ou tornar rígidos tecidos existentes. É um fenómeno amplamente distribuído; todos os seis reinos taxonómicos incluem membros capazes de formar minerais e mais de 60 minerais foram identificados em organismos. Entre os exemplos incluem-se
silicatos em
algas e
diatomáceas,
carbonatos em
invertebrados, e
fosfatos e
carbonatos de cálcio em
vertebrados. Estes minerais formam frequentemente caracteres estruturais como
conchas e
ossos. Os organismos produzem esqueletos mineralizados há 550 milhões de anos. Outros exemplos incluem depósitos de
cobre,
ferro e
ouro relacionados com bactérias. Os minerais formados biologicamente têm muitas vezes usos especiais com sensores magnéticos em
bactérias magnetotácticas (Fe
3O
4), aparatos sensores de gravidade (CaCO
3, CaSO
4, BaSO
4) e na mobilização e armazenamento de ferro (Fe
2O
3•H
2O na proteína
ferritina).
Em termos da distribuição taxonómica, os biominerais mais comuns são sais de
fosfato e
carbonato de cálcio usados juntamente com polímeros orgânicos como
colagénio e
quitina para fornecer suporte estrutural a ossos e conchas. As estruturas destes materiais biocompósitos são altamente controladas do nível nanométrico ao nível macroscópico, resultando em arquitecturas complexas que fornecem propriedades multifuncionais. Como este grau de controlo sobre o crescimento mineral é desejável em aplicações de engenharia dos materiais, existe um interesse significativo sobre a compreensão e clarificação dos mecanismo da biomineralização controlada biologicamente.