Os são os descendentes dos colonos
calvinistas dos
Países Baixos e também da
Alemanha e da
Dinamarca, bem como de
huguenotes franceses, que se estabeleceram nos séculos
XVII e
XVIII na
África do Sul cuja colonização disputaram com os britânicos. Desenvolveram uma língua própria, o
africâner, derivado do
neerlandês com influências limitadas de línguas indígenas nativas da
África como o
Bantu, o
Xhosa e o
Sesotho, do
malaio e do
alemão. Hoje vivem na África do Sul e na Namíbia, mas também no
Botswana e na
Suazilândia. Migrações menores de suecos, portugueses, gregos, norte-franceses,
catalães, poloneses, escoceses, letões, estonianos e finlandeses também contribuíram para essa mistura étnica.
Muitos dos
brancos da
África do Sul possuem significativa ancestralidade não
europeia, por menor que esse grau possa ser em alguns indivíduos. De acordo com um estudo genealógico, por volta de 6% da ancestralidade dos descendentes dos colonos holandeses é de origem não europeia, aí incluídos aportes
asiáticos e
africanos. Muitas famílias tradicionais e antigas são descendentes, por exemplo, de Eva Krotoa, uma
Khoisan que teve filhos com um colono holandês e cujos filhos se integraram à comunidade colonial estabelecida pelos
Países Baixos. Dentre os descendentes de Krotoa, encontram-se muitos líderes famosos, tais como o presidente do
Transvaal Paul Kruger, o primeiro ministro da
África do Sul Jan Smuts e o presidente da
África do Sul F. W. de Klerk. Outras são descendentes de Manoel de
Angola, um escravo liberto que se tornou proprietário e senhor de outros escravos.
Entre o fim do século XIX e o início do século XX, vários grupos de bôeres fixaram-se no sul de
Angola, na
Humpata. Alguns estabeleceram-se no Planalto Central de Angola, inclusive na
Quibala. Porém, todos os integrantes dessa comunidade muito fechada sobre ela própria regressaram à atual Namíbia e à África do Sul, em momentos diversos, os últimos quando do acesso de Angola à independência.