Bolivarianismo é um conjunto de doutrinas políticas que vigora em partes da
América do Sul, especialmente na
Venezuela. O termo bolivarianismo provém do general venezuelano do século XIX
Simón Bolívar, libertador que liderou a luta pela independência em grande parte da América do Sul, e especificamente nos
países historicamente bolivarianos (
Bolivia,
Colômbia,
Peru,
Equador,
Panamá e
Venezuela). Aqueles que se fazem chamar
bolivarianos dizem seguir a ideologia expressa por Simón Bolívar nos documentos da
Carta de Jamaica, o Discurso de Angostura e o
Manifesto de Cartagena, entre outros documentos. Entre suas ideias estão a promoção da educação pública gratuita e obrigatória e o repúdio à intromissão estrangeira nas nações americanas e à dominação econômica europeia. Propõe, principalmente, a união dos países latino-americanos.
O bolivarianismo, como
ideologia, une o
republicanismo cívico-humanista e, segundo diversos setores de esquerda, o
socialismo. Em sua versão mais conhecida e atual,que se distingue das ideias originais de
Simón Bolívar, foi iniciado pelo ex-presidente da Venezuela
Hugo Chávez, e agora é promovido por seu sucessor,
Nicolás Maduro, referido como
o primeiro presidente chavista da Venezuela, e pelos presidentes do Equador,
Rafael Correa e da Bolívia,
Evo Morales, os quais se baseiam nas ideias de Simón Bolívar e se enquadram no denominado
socialismo do século XXI, surgido na esteira da
Revolução Bolivariana da Venezuela. Curiosamente, na Colômbia, os ideais do bolivarianismo foram as bases fundacionais do
Partido Conservador Colombiano, por volta de 1847, mas foram reinterpretados rumo ao
socialismo por setores do Polo Democrático Alternativo e por setores do
Partido Liberal Colombiano (
Santanderista) como
Piedad Córdoba.