Campesinato é o conjunto de
grupos sociais de
base familiar que se dedica a atividades agrícolas, com graus diversos de autonomia. Caracteriza-se pelo
trabalho familiar,(eventualmente empregando
trabalhadores assalariados), por ter a propriedade dos instrumentos de trabalho, pela autonomia total ou parcial na gestão da atividade e por ser dono de uma parte ou da totalidade da produção.
Durante a vigência do
feudalismo, a maior parte dos camponeses era formada por
servos da gleba, isto é, trabalhadores que, embora não fossem
escravos, não podiam jamais abandonar a terra onde trabalhavam. Muitos deles descendiam de antigos
colonos ou de
escravos romanos, que na época de
Carlos Magno se igualaram na condição de servos. Alguns haviam sido pequenos proprietários de terra - ainda relativamente numerosos até o
século XI. Em razão das constantes ameaças de guerras e invasões, a maioria deles acabou entregando suas terras a um
senhor feudal, ou à Igreja, em troca de proteção. Outros, conhecidos como
vilões, eram servos livres, isto é, tinham o direito de deixar a terra, mas também se submetiam ao pagamento da
talha e da
corveia aos senhores.