Os cartistas, em conjunto com os vintistas', fizeram a guerra a D. Miguel e aos seus miguelistas', naquela que é conhecida por guerras liberais, mas acabaram por se desentender com os seus aliados em 1834, após a Convenção de Évora-Monte que pôs termo às referidas lutas, formando dois agrupamentos políticos cada vez mais distintos, que se foram separando progressivamente da corrente mais à esquerda do pensamento liberal.
Os cartistas estiveram por várias vezes no poder, sob várias designações, e foram os grandes vencedores da guerra civil da Patuleia e de todo o processo de contestação que emergiu após a Revolução da Maria da Fonte. Quando a formação dos partidos políticos se clarificou, na sequência da Regeneração, constituíram, em 1851, o Partido Regenerador, o qual se afirmou até ao advento da República em Portugal como o grande partido conservador de direita da Monarquia Constitucional.