A crucificação de Jesus está descrita nos quatro
evangelhos canônicos, foi atestada por outras fontes antigas e está firmemente estabelecida como um evento histórico confirmado por fontes não-cristãs. Os cristãos acreditam que o sofrimento de Jesus foi previsto na
Bíblia hebraica, como no
salmo 22 e nos cânticos de
Isaías sobre o
servo sofredor. De acordo com uma
harmonia evangélica, Jesus foi preso no
Getsêmani após a
Última Ceia com os
doze apóstolos e foi julgado pelo
Sinédrio, por
Pilatos e por
Herodes Antipas antes de ser entregue para execução. Após ter sido
chicoteado, Jesus recebeu dos soldados romanos, como zombaria, o título de "
Rei dos Judeus", foi vestido com um robe
púrpura (a cor imperial), uma
coroa de espinhos, foi surrado e cuspido. Finalmente, Jesus
carregou a cruz em direção ao local de sua execução.
Uma vez no
Gólgota, Jesus recebeu vinho misturado com
bile para beber. Os evangelhos de
Mateus e
Marcos relatam que ele se recusou a beber. Ele então foi pregado à cruz, que foi erguida entre a de dois ladrões condenados. De acordo com , ele resistiu ao tormento por aproximadamente seis horas, da hora terça (aproximadamente 9 da manhã) até a sua morte , na hora nona (três da tarde). Os soldados afixaram uma tabuleta acima de sua cabeça que dizia "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus" em três línguas ("
INRI" em
latim), dividiram entre si as suas roupas e tiraram a sorte para ver quem ficaria com o robe. Eles não quebraram as pernas de Jesus como fizeram com os outros dois crucificados (o ato acelerava a morte), pois Jesus já estava morto. Cada evangelho tem o seu próprio relato sobre as últimas palavras de Jesus (sete frases ao todo). Nos
evangelhos sinóticos, vários eventos sobrenaturais acompanharam toda a crucificação, incluindo uma escuridão, um terremoto e, em Mateus, a ressurreição de santos. Após a morte de Jesus, seu corpo foi
retirado da cruz por
José de Arimateia com a ajuda de
Nicodemos e
enterrado num túmulo escavado na rocha. De acordo com os evangelhos, Jesus então
voltou da morte dois dias depois (o "terceiro dia").