A
definição de "planeta" tem sido durante algum tempo assunto de intenso debate. Apesar do termo existir há milhares de anos, antes de
24 de Agosto de
2006, não existia nenhuma definição cientificamente aceita. Até o começo da
década de 1990, havia pouca necessidade por uma definição, já que os astrônomos tinham apenas uma única amostra dentro do
sistema solar para trabalhar, e a amostra era bastante pequena para que suas várias irregularidades fossem tratadas individualmente. Porém, depois de
1992 e da descoberta da miríade de pequenos mundos além da órbita de
Neptuno, o tamanho da amostra aumentou de nove a pelo menos várias dúzias. Seguindo a descoberta adicional do primeiro
Planeta extrassolar além de nosso
sistema solar em 1995, o número de amostras chega a centenas. Agora estas descobertas novas não só aumentaram o número de planetas potenciais, mas, em sua variedade e peculiaridade (alguns grandes o bastante para serem estrelas, outros menores que a nossa
Lua) desafiou a noção há muito tempo recebida do que seria um planeta. A questão de uma definição clara de
planeta chegou a um ponto crucial em
2005 com a descoberta do
objeto transneptuniano (
Éris), um corpo maior que o menor planeta até então:
Plutão. Em resposta, a
União Astronômica Internacional, ou IAU, que é reconhecida internacionalmente por astrônomos como o corpo responsável para solucionar assuntos de nomenclatura astronômica, deu sua decisão final sobre o assunto. Segundo a definição da IAU, um planeta é um corpo que orbita uma estrela, é grande o suficiente para que sua própria gravidade a deixe com forma redonda, e tenha limpado a sua vizinhança de objetos menores em sua órbita, o que pode ser conseguido por corpos que consigam superar os 4000 km de diâmetro aproximadamente.
Esses objetos que orbitam o Sol e são redondos por sua própria gravidade e contudo não possuem sua vizinhança limpa são denominados
planetas anões. Desde que essa definição incluiu Plutão, o número oficial de "planetas clássicos " caiu do tradicional nove para oito.