Ego (em alemão
ich, "eu") designa na
teoria psicanalítica uma das três estruturas do modelo triádico do
aparelho psíquico. O ego desenvolve-se a partir do
Id com o objetivo de permitir que seus
impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o chamado
princípio da realidade. É esse princípio que introduz a
razão, o planejamento e a espera no
comportamento humano. A satisfação das
pulsões é retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas.
A principal função do Ego é buscar uma harmonização inicialmente entre os desejos do Id e a realidade do
Superego. Há muitos conflitos entre o Id e o Ego, pois os impulsos não civilizados do Id estão sempre querendo expressar-se. Freud destacava que os impulsos do Id são muitas vezes reprimidos pelo Ego por causa do medo de castigo. Ou seja, o Ego pode coibir os impulsos inaceitáveis do Id, o "desejo de roubar", por exemplo, seria um impulso do id (que é totalmente inconsciente). Porém, visto que o indivíduo não pode sobreviver obedecendo somente aos impulsos do Id, é necessário que ele reaja realisticamente a seu ambiente de convívio. O conjunto de procedências que leva o indivíduo a comportar-se assim, é o Ego. O Ego é, portanto, mais realístico do que o Id, visando sempre as consequências dos impulsos inconscientes do Id..