Em química,
eletronegatividade é uma medida relativa da força de atração que um
átomo exerce (ou, embora com menos frequência, um
grupo funcional) sobre os
elétrons aquando da formação de uma
ligação química com outro
elemento. Ao considerarem-se as ligações químicas entre dois ou mais elementos as
ligações iônicas e
covalentes figuram como dois casos limítrofes, das quais apenas a segunda pode ocorrer em
sólidos compostos por átomos de um único elemento (a
ligação metálica em sólidos elementares figura então como um
caso especial de ligação covalente). Na maioria dos casos a ligação apresenta uma natureza intermediária representando uma mistura dos dois casos limítrofes.
Uma medida qualitativa da ionicidade de uma ligação química é fornecida por meio de uma escala de
eletronegatividade, também denominada de
caráter ametálico, é uma
propriedade periódica que mede a tendência de um átomo, de uma ligação química, em ganhar elétrons. Esta escala foi inicialmente proposta por
Linus Pauling como resultado de seus estudos sobre
energias de ligação. Posteriormente
Mullikan definiu numericamente a eletronegatividade
E em termos da
energia de ionização I e da
afinidade eletrônica A mediante a equação :
Com as parcelas expressas em
elétron-volts (eV) obtemos a tabela para as eletronegatividades dos elementos exibida ao fim deste
artigo, com valores também expressas em elétron-volts.
Em uma ligação entre dois átomos, o átomo com maior eletronegatividade será o
ânion. A diferença entre as eletronegatividades dos dois átomos é uma medida da ionicidade da ligação, e se este valor superar a 1,7eV a ligação será puramente iônica e não apresentará caráter covalente.