Era dos descobrimentos (ou das
Grandes Navegações) é a designação dada ao período da
história que decorreu entre o e o início do , durante o qual, inicialmente,
portugueses, depois
espanhóis e, posteriormente, alguns países
europeus exploraram intensivamente o globo terrestre em busca de novas
rotas de comércio. Os historiadores geralmente referem-se à "era dos descobrimentos" como as explorações marítimas pioneiras realizadas por
portugueses e
espanhóis entre os séculos XV e XVI, que estabeleceram relações com
África,
Américas e
Ásia, em busca de uma rota alternativa para as "
Índias", movidos pelo comércio de ouro, prata e
especiarias. Estas explorações no
Atlântico e
Índico foram seguidas por outros países da Europa,
França,
Inglaterra e
Países Baixos, que exploraram as rotas comerciais portuguesas e espanholas até ao
oceano Pacífico, chegando à
Austrália em 1606 e à
Nova Zelândia em 1642. A exploração europeia perdurou até realizar o
mapeamento global do mundo, resultando numa nova mundivisão e no contacto entre civilizações distantes, alcançando as fronteiras mais remotas muito mais tarde, já no .
A era dos descobrimentos marcou a passagem do feudalismo da
Idade Média para a
Idade Moderna, com a ascensão dos
estados-nação europeus. Durante este processo, os europeus encontraram e documentaram povos e terras nunca antes vistas. Juntamente com o
Renascimento e a ascensão do
humanismo, foi um importante motor para o início da modernidade, estimulando a pesquisa científica e intelectual. A expansão europeia no exterior levou ao surgimento dos
impérios coloniais, com o contacto entre o
Velho e o
Novo Mundo a produzir o chamado "
intercâmbio colombiano" (
Columbian Exchange), que envolveu a transferência de plantas, animais, alimentos e populações humanas (incluindo os escravos), doenças transmissíveis e culturas entre os
hemisfério ocidental e oriental, num dos mais significativos eventos
globais da ecologia, agricultura e cultura da história.