A
via-crúcis (do
latim Via Crucis, "caminho da cruz") é o trajeto seguido por
Jesus carregando a cruz, que vai do
Pretório até o
Calvário. O exercício da
via-sacra, como também é chamada, consiste em que os fiéis percorram, mentalmente, a caminhada de
Jesus a carregar a
Cruz desde o
Pretório de
Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente à
Paixão de Cristo. Tal exercício, muito usual no tempo da
quaresma, teve origem na época das
Cruzadas (do
século XI ao
século XIII): os fiéis que, então, percorriam, na
Terra Santa, os lugares sagrados da Paixão de Cristo, quiseram reproduzir, no
Ocidente, a peregrinação feita ao longo da
Via Dolorosa em
Jerusalém. O número de estações, passos ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma atual, de quatorze estações, no
século XVI. O
papa João Paulo II introduziu, em
Roma, a mudança de certas cenas desse percurso não relatadas nos
Evangelhos por outros quadros narrados pelos
evangelistas. A nova configuração ainda não se tornou geral. O exercício da via-sacra tem sido muito recomendado pelos
Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.
Existem diversas meditações de autores espirituais sobre a
via crucis ou
via sacra. Dentre elas, as que foram utilizadas em Roma, durante os últimos anos, foram:
Via Crucis com a Mãe, 2006;
Via Crucis do cardeal
Ratzinger, 2005;
Via Crucis de
João Paulo II, 2004;
Via Crucis de João Paulo II, 2000;
Via Crucis de Karol Wojtyla, 1976 e ainda são conhecidas as vias-crúcis de são Josemaría Escrivá e a
Via Cucis de Ernestina Champourcin, 1952. Por volta de 200 anos atrás a Igreja Católica decidiu adicionar a décima quinta estação, para que os cristãos recordassem que seu Salvador havia vencido a morte e que a
Via Crucis não termina na morte e sim na vida nova.