Não se conhece com exatidão a que ponto os fenícios viam a si próprios como uma única etnia; sua civilização estava organizada em
cidades-estado, de maneira semelhante à
Grécia Antiga; cada uma destas constituía uma unidade política independente, que frequentemente entravam em conflito e podiam dominar umas as outras - embora também colaborassem através de ligas e alianças. Embora as fronteiras antigas destas culturas antigas fossem incertas e inconstantes, a cidade de
Tiro parece ter marcado seu ponto mais meridional.
Sarepta (atual Sarafant), entre
Sídon e Tiro, é a cidade mais extensivamente escavada pelos
arqueólogos em território fenício.
Os fenícios foram a primeira sociedade a fazer uso extenso, a nível estatal, do
alfabeto. O
alfabeto fonético fenício é tido como o ancestral de todos os alfabetos modernos, embora não representasse as
vogais (que foram adicionadas mais tarde pelos
gregos). Os fenícios falavam o
idioma fenício, que pertence ao
grupo canaanita da
família linguística semita. Através do comércio marítimo, os fenícios espalharam o uso do alfabeto até o
Norte da África e
Europa, onde foi adotado pelos
antigos gregos, que o passaram aos
etruscos, que por sua vez o repassaram aos
romanos. Além de suas diversas inscrições, os fenícios deixaram diversos outros tipos de fontes escritas, porém poucas sobreviveram até os dias de hoje. A
Preparação Evangélica, de
Eusébio de Cesareia, faz citações extensas de
Filo de Biblos e
Sanconíaton.