As
guerras bizantino-árabes foram uma série de conflitos armados entre os
califados árabes e o
Império Bizantino (ou Império Romano do Oriente) que ocorreram entre os séculos VII e XII. Foram iniciadas durante as primeiras conquistas muçulmanas do expansionismo dos
califados Ortodoxo e
Omíada e continuaram na forma de disputas fronteiriças persistentes até ao início das
Cruzadas. Em consequência destas guerras, os Bizantinos, a quem os Árabes chamavam
Rûm ou Rumes (Romanos), perderam uma parte considerável do seu império, nomeadamente todos os territórios do
Levante e
Norte de África e inclusivamente uma parte considerável da
Anatólia. A capital bizantina,
Constantinopla chegou a ser
cercada em duas ocasiões, a
primeira em 674 e a
segunda em 717.
Durante a
dinastia macedónica, entre os séculos IX e XI, os Bizantinos recuperaram territórios no Levante, chegando os exércitos bizantinos a ameaçar a reconquista de
Jerusalém. O
Emirado de Alepo e os estados vizinhos tornaram-se nessa altura
vassalos dos Bizantinos. A maior ameaça a leste era então o
Califado Fatímida do
Egito, o que só mudaria com a ascensão dos
Turcos seljúcidas e da criação do
Sultanato de Rum por estes, que conquistou os territórios que tinham sido recuperados e expandiu os territórios abássidas até interior da Anatólia.