As
guerras romano-persas foram uma série de conflitos militares entre o
Estado romano e os
sucessivos impérios iranianos: a
Pártia e a
Sassânia. A Pérsia, como um grande desenvolvimento cultural e militar, tornou-se um
inimigo de Roma e manteve-se como tal por vários séculos. Os romanos viram nos persas uma potência semelhante a si, e os grandes reis de
Ctesifonte viam-os da mesma forma. Os persas já há muito tempo denominam seus soberanos como "
grande rei", o que lhes atribui uma grandeza similar à de
augusto no Império Romano.
As hostilidades entre estas potências iniciaram-se em e prolongaram-se por séculos até serem concluídas com as
invasões árabes muçulmanas, que atingiram os impérios Sassânida e
Bizantino com efeito devastados logo após o fim do
último conflito entre eles. Embora a guerra entre os romanos e partas/sassânidas tenha durado sete séculos, a fronteira permaneceu aproximadamente estável. Um jogo de
cabo de guerra se seguiu: cidades, fortificações e províncias foram continuamente saqueadas, capturadas, destruídas e trocadas. Nenhum dos lados tinha força logística ou mão de obra para manter longas campanhas longe de suas fronteiras e, portando, nem poderiam avançar muito longe sem arriscar esticá-las muito tenuemente. Ambos os lados fizeram conquistas além da fronteira, mas com o tempo o equilíbrio foi quase sempre restaurado. A linha do impasse deslocou-se no : originalmente percorrendo a norte do
Eufrates, neste período foi deslocada para leste e mais tarde para nordeste através da
Mesopotâmia para o norte do
Tigre. Houve também várias mudanças substanciais mais a norte, na
Armênia e
Cáucaso.
A despesa de recursos durante as guerras romano-persas provaram-se catastróficas para ambos os impérios. A prolongada e ascendente guerra dos séculos VI e VII deixou-os exaustos e vulneráveis à súbita emergência e expansão do
Califado Ortodoxo, cujas forças invadiram ambos os impérios poucos anos após o fim da última guerra romano-persa. Beneficiados pela condição enfraquecida deles, os exércitos árabes muçulmanos rapidamente
conquistaram o Império Sassânida e privaram o Império Bizantino de seus
territórios no Levante, Cáucaso,
Egito e
Magrebe. Ao longo dos séculos seguintes, a maior parte do antigo território do Império Bizantino permaneceu sob domínio muçulmano.