É considerado um deus da "segunda geração" pelos estudiosos, oriundo que fora de
Cronos (
Saturno, na teogonia romana) e de
Reia, formava com seus cinco irmãos filhos de Cronos e Reia: suas filhas
Héstia,
Deméter e
Hera, e os seus filhos
Poseídon e
Zeus. Ele é também conhecido por ter raptado a deusa
Perséfone (
Koré ou
Core) filha de
Deméter, a quem teria sido fiel e com quem nunca teve filhos. A simbologia desta união põe em comunicação duas das principais forças e recursos naturais: a riqueza do subsolo que fornece os minerais, e faz brotar de seu âmago as sementes - vida e morte.
Hades costuma apresentar um papel secundário na mitologia, pois o fato de ser o governante do Mundo dos Mortos faz com que seu trabalho seja "dividido" entre outras divindades, tais como
Tânato, deus da morte, ou as
Queres (
Ker) - estas últimas retratadas na
Ilíada recolhendo avidamente as almas dos guerreiros, enquanto Tânato surge nos mitos da bondosa
Alceste ou do astuto
Sísifo. Como o senhor implacável e invencível da morte, é Hades o deus mais odiado pelos mortais, como registrou
Homero (
Ilíada 9.158.159).
Platão acentua que o medo de falar o seu nome fazia usarem no lugar eufemismos, como Plutão (
Crátilo 403a).