O
iluminismo, também conhecido como
Século das Luzes e como
Ilustraçãofoi um
movimento cultural da
elite intelectual europeia do que procurou mobilizar o poder da
razão, a fim de reformar a
sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Abarcou inúmeras tendências e, entre elas, buscava-se um conhecimento apurado da
natureza, com o objetivo de torná-la útil ao homem
moderno e
progressista. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância da
Igreja e do
Estado. Foram vários os príncipes reinantes que muitas vezes apoiaram e fomentaram figuras do iluminismo e até mesmo tentaram aplicar as suas ideias ao
governo. Originário do período compreendido entre os anos de 1650 e 1700, o iluminismo foi despertado pelos filósofos
Baruch Spinoza (1632-1677),
John Locke (1632-1704),
Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático
Isaac Newton (1643-1727). O iluminismo floresceu até cerca de 1790-1800, após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase do
romantismo na
emoção e um movimento contrailuminista ganhou força.
O centro do iluminismo foi a
França e culminou com a grande
Encyclopédie (1751-1772) editada por
Denis Diderot (1713-1784) e
Jean Le Rond d'Alembert com contribuições de centenas de líderes filosóficos (intelectuais), tais como
Voltaire (1694 -1778) e
Montesquieu (1689-1755). Cerca de 25.000 cópias do conjunto de 35 volumes foram vendidos, metade deles fora da França. As novas forças intelectuais difundiram-se para os centros urbanos de toda a Europa, nomeadamente
Inglaterra,
Escócia, os estados alemães,
Países Baixos,
Rússia,
Itália,
Áustria e
Espanha, em seguida, saltou o
Atlântico para
colônias europeias, onde influenciou
Benjamin Franklin e
Thomas Jefferson, entre muitos outros, e desempenhou um papel importante na
Revolução Americana. Os ideais políticos influenciaram a
Declaração de Independência dos Estados Unidos, a
Carta dos Direitos dos Estados Unidos, a
Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão e a
Constituição Polaco-Lituana de 3 de maio de 1791.