A
mitocôndria (do Grego
μίτος ou mitos (fio/linha) +
χονδρίον ou "chondrion" (grânulo).), é uma das
organelas celulares mais importantes, sendo extremamente relevante para a
respiração celular. É abastecida pela célula que a hospeda por substâncias orgânicas como a
glicose, as quais processa e converte em
energia sob a forma de
ATP, que devolve para a célula hospedeira, sendo
energia química que pode ser usada em reações bioquímicas que necessitem de dispêndio de energia. A mitocôndria está presente em grande quantidade nas células: do
sistema nervoso (na extremidade dos
axônios), do
coração e do
sistema muscular, uma vez que estas apresentam uma necessidade maior de energia.
A mitocôndria está presente na maioria dos
eucariontes, exceto num grupo de
protistas chamado
Archezoa, apesar da
análise genômica destes organismos indicar que podem ter perdido as mitocôndrias ao longo da
evolução. A principal evidência disto é o fato de alguns
genes codificadores de
proteínas mitocondriais terem sido encontrados no
genoma nuclear destes protistas (Bui & Bradley, 1996). Foi descrita por Altmann, em 1894 (que as denominou "bioblastos"), sugerindo a sua relação com a
oxidação celular. O seu número varia entre as células, sendo proporcional à
atividade metabólica de cada uma, indo de quinhentas a mil ou até dez mil dessas estruturas por célula.
Esta apresenta duas
membranas fosfolipídicas, uma externa lisa e outra interna que se dobra formando vilosidades, chamadas cristas. A região limitada pela membrana interna é conhecida como matriz mitocondrial, onde existem proteínas,
ribossomos e
DNA mitocondrial, de forma circular, que contém 37 genes codificadores de 13 proteínas, de 2 rRNAs e 22 tRNAs. Estes são necessários no processo de produção de ATP, ou seja, necessários para que a respiração celular ocorra.