Um
paradoxo é uma declaração aparentemente
verdadeira que leva a uma
contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser a verdade". A identificação de um paradoxo baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da
ciência,
filosofia e
matemática.
A
etimologia da palavra paradoxo pode ser traçada a textos que remontam à aurora da
Renascença, um período de acelerado pensamento científico na
Europa e
Ásia que começou por volta do ano de
1500. As primeiras formas da palavra tiveram por base a palavra
latina paradoxum, mas também são encontradas em textos em
grego como
paradoxon (entretanto, o
latim é fortemente derivado do alfabeto grego e, além do mais, o português é também derivado do latim romano, com a adição das letras "J" e "U"). A palavra é composta do prefixo
para-, que quer dizer "contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjugada com o sufixo nominal
doxa, que quer dizer opinião. Compare com
ortodoxia e
heterodoxo.
Na
filosofia moral, o paradoxo tem um papel central nos debates sobre
ética. Por exemplo, a admoestação ética para "amar o seu próximo" não apenas contrasta, mas está em contradição com um "próximo" armado tentando ativamente matar você: se ele é bem sucedido, você não será capaz de amá-lo. Mas atacá-lo preemptivamente ou restringi-lo não é usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser considerado um dilema ético. Outro exemplo é o conflito entre a injunção contra roubar e o cuidado para com a família que depende do roubo para sobreviver.