A
zona pelágica,
ambiente pelágico ou
domínio pelágico (do
latim pelagos, que significa o "mar aberto") é a região
oceânica onde vivem normalmente seres vivos que não dependem dos fundos marinhos (o
bentos e os organismos
demersais). Trata-se do ambiente ecológico das águas oceânicas abertas, acima do ambiente bentônico do fundo dos mares, sendo habitado principalmente por seres
planctônicos e
nectônicos. Esses organismos dependem apenas das características das
massas de água mais adequadas ao seu
ciclo de vida, e são conhecidos como seres pelágicos. O
plâncton não é geralmente incluído entre os seres pelágicos, uma vez que apresenta essencialmente movimento passivo, deslocando-se principalmente com as
massas de água onde vive.
O
ecossistema pelágico não abrange apenas o
alto mar, dele fazendo parte também as águas que cobrem a
plataforma continental. Assim, a zona pelágica começa abaixo da zona de influência das
marés, prolongando-se até o alto mar, em profundidades que variam desde algumas dezenas de metros até aproximadamente 6000 metros. As partes próximas da superfície recebem a luz do sol, o que permite que as plantas aquáticas realizem
fotossíntese. As partes mais profundas, embora apresentem menor diversidade, abrigam um grande número de espécies adaptadas à escuridão.
Na
cadeia alimentar do ecossistema, o
fitoplâncton serve de alimento ao
zooplâncton, que por sua vez constitui-se em alimento não apenas de um grande número de peixes pertencentes às pequenas espécies pelágicas, que vivem geralmente em
cardumes, como as
sardinhas, as
anchovas, mas também de espécies maiores, como os
atuns e muitos
tubarões. O
plâncton é também a base da alimentação de várias espécies de
crustáceos (como o
krill e os
camarões), e de muitos
moluscos cefalópodes. Também alimenta os maiores animais do planeta - as
baleias.
Peixes,
moluscos e crustáceos que consomem plâncton são as principais
presas de peixes maiores, mamíferos marinhos (
golfinhos,
focas) e aves marinhas.