, ou
pirita de ferro, é um
dissulfeto de
ferro, FeS
2. Tem os
cristais isométricos que aparecem geralmente como
cubos, mas também frequentemente como
octaedros ou piritoedros (
dodecaedros com faces
pentagonais). Tem uma fratura ligeiramente desigual e conchoidal, uma
dureza de 6-6.5 na
escala de Mohs, e uma
densidade de 4,95 a 5,10. Devido ao seu brilho metálico e à cor amarelo-dourada, recebeu também o apelido de
ouro-dos-tolos (ou
ouro-dos-parvos); ironicamente, contudo, pequenas quantidades de
ouro podem às vezes ser encontradas disseminadas nas piritas. De fato, dependendo da quantidade de ouro, a pirita aurífera pode mesmo ser uma fonte valiosa deste metal precioso. Em piritas podem ocorrer também
arsênio,
níquel,
cobalto e
cobre.
Sob o ponto de vista da
química inorgânica clássica, enquanto o
estado de oxidação formal do Fe na pirita é 4+ (ou Fe(IV)), a pirita é mais bem descrita como Fe
2+(S
2)
2-. Esta formulação leva em consideração o fato de que os átomos de
enxofre na pirita estão ligados entre si por meio de ligações S-S (
dissulfeto) bem definidas. Estas unidades de dissulfeto podem ser vistas como derivadas daquelas do dissulfeto de hidrogênio, H
2S
2. Em contraste,
molibdenita, MoS
2, apresenta centros de
sulfetos (S
2-) isolados e, por conseguinte, o
estado de oxidação formal do
molibdênio (Mo
4+) corresponde ao observado experimentalmente.