Os
rúgios eram uma
tribo germânica cuja origem remonta à região de
Rogalândia no sul da
Noruega, significando literalmente 'terra enrugada', devido ao relevo acidentado dos fiordes noruegueses. Do
século III a.C. até fins do
século I a.C., a população desta área migra para o sul em busca de áreas mais quentes, devido ao abaixamento das temperaturas da Europa deste período. Estabelecem-se na ilha de Rügen, no
mar Báltico, dando seu nome ao lugar. Fixam-se também na costa do mar Báltico, hoje
Polônia.
A tribo é primeiramente mencionada pelo escritor romano
Tácito no
século I, em seu livro
Germania. Segundo Tácito, os
Rugii habitavam a costa do mar Báltico entre os rios
Vístula e
Oder, eram vizinhos a leste dos
godos e utilizavam escudos redondos e espadas curtas. Existe um grande intervalo de registro histórico, com os rúgios citados após Tácito somente no século V. No entanto, podem-se supor indiretamente alguns eventos. Pressionado por guerras contra os godos no fim do século I, os rúgios deslocaram-se para o sul, para a região do
Danúbio e dos
Cárpatos entre os anos
200 e
300. Em 390, tornaram-se vassalos dos
hunos invasores, junto a outros povos germânicos, como os
ostrogodos. Convertem-se ao cristianismo
ariano. Em
451, participaram, ao lado de
Átila, na invasão à
Gália e na
Batalha dos Campos Cataláunicos (batalha de Chalôns) (
fonte Sidônio). Após a morte de Átila, em
454, ocorre a
Batalha do Rio Nedao, onde uma federação de povos germânicos derrotou os hunos e alcançou a independência.