Assim, pode ser definido como uma instabilidade potencialmente catastrófica do sistema financeiro, causada ou exacerbada por eventos ou condições peculiares que afetem os intermediários financeiros. Riscos sistêmicos são decorrentes das interligações e da interdependência entre os agentes de um sistema ou mercado, no qual a insolvência ou falência de uma única entidade ou grupo de entidades pode provocar falências em cadeia, o que poderia levar o sistema inteiro ou o mercado como um todo à bancarrota.
Segundo o
economista José Alexandre Scheinkman, da
Universidade Princeton, risco sistêmico é o risco de que um choque contra uma parte limitada do sistema (a
falência de uma grande
instituição financeira, por exemplo) se propague por todo o
sistema financeiro, levando a uma reação em cadeia de falências e à quebra do sistema - ou seja, uma crise sistêmica. O Comitê de Bancos da Basiléia definiu risco sistêmico como sendo aquele em que a inadimplência de uma instituição para honrar seus compromissos contratuais pode gerar uma
reação em cadeia, atingindo grande parte do
sistema financeiro. Esta definição pressupõe elevada
exposição direta entre as instituições, de modo que a
falência de qualquer uma desencadeie um "efeito cascata" sobre o sistema.