A
taxonomia de Sibley-Ahlquist é um
sistema taxonómico, baseado em técnicas avançadas de
biologia molecular e proposto no início da
década de 1990 para a classe
Aves. O trabalho foi conduzido por
Charles Sibley e J. Ahlquist, dois cientistas baseados nos
Estados Unidos da América, e efectuado ao longo dos anos 80. A técnica escolhida foi a hibridização de
DNA, que permite a comparação do grau de semelhança genético de duas espécies. Os dados adquiridos foram interpretados de maneira a reconstituir as relações filogenéticas entre os diversos grupos de aves. Os resultados do estudo foram surpreendentes e, apesar de confirmarem algumas ideias da classificação tradicional, trazem mudanças radicais ao sistema classificativo das aves.
As principais mudanças introduzidas encontram-se na ordem
Ciconiiformes (
cegonhas,
garças e aliados), muito alargada para além das 6 famílias que integra na classificação tradicional. Segundo a taxonomia de Sibley-Ahlquist, os ciconiformes passam a incluir as famílias das antigas ordens:
Sphenisciformes (pinguins),
Gaviiformes (mobelha),
Podicipediformes (mergulhões),
Procellariiformes (ex:
albatrozes),
Charadriiformes, (ex:
gaivota),
Pelecaniformes (ex:
alcatraz) e
Falconiformes (aves de rapina diurnas). A ordem
Coraciiformes sofreu também uma grande remodelação, não por alargamento mas por redução: as famílias
Bucerotidae e
Upupidae foram promovidas ao nível de ordem. Outras alterações incluem a elevação de vários géneros ao grau de família, por exemplo, o género
Bucorvus.
A
American Ornithologists’ Union e a
British Ornithologists’ Union inicialmente adoptaram as alterações,, mas perante descobertas posteriores sobre a genética das aves grande parte da taxonomia de Sibley-Ahlquist foi abandonada.