Movimento de Liberação Nacional - Tupamaros (MLN-T), ou simplesmente
Tupamaros, foi um grupo guerrilheiro
marxista-
leninista uruguaio de
guerrilha urbana , que operou nas décadas de
1960 e
1970, antes e durante a
ditadura civil-militar no Uruguai (1973-1985). O nome deriva da expressão pejorativa dos espanhóis, quando da dominação da
Coroa Espanhola, para os seus insurgentes, ou mais provavelmente provem de
Tupac Amaru I, cujo nome e história inspiraram o movimento revolucionário Tupamaro. Os tupamaros começaram com assaltos a
bancos, clubes de armas e outros negócios no início dos anos 1960. Costumavam distribuir comida e dinheiro roubados aos pobres em
Montevideu. No final dos anos 1960, envolveram-se em
sequestros políticos, como o do cônsul brasileiro em Montevideu,
Aloísio Gomide, "propaganda armada" e assassinatos.
Em resposta, as
Forças Armadas uruguaias lançaram uma campanha sangrenta de prisões em massa e "desaparecimentos", dispersando os guerrilheiros, muitos dos quais foram presos ou mortos. Apesar da ameaça diminuída, o presidente
Juan María Bordaberry liderou um
golpe de estado em
27 de junho de
1973, tornando-se
de facto um
ditador. Dissolveu o Parlamento - substituindo-o por um Conselho de Estado designado pelo Poder Executivo - , extinguiu organizações sociais, partidos políticos e suprimiu as liberdades civis. Os militares começaram, então, a ocupar cargos de responsabilidade no governo, segundo o que se chamou "processo cívico militar", ocorrendo um acirramento da repressão contra a população e as organizações de
esquerda.
Em
1975, Bordaberry propôs aos militares impor um novo sistema constitucional de inspiração
fascista e
franquista, eliminando definitivamente todos os partidos políticos e suprimindo direitos. Em
1976 as Forças Armadas substituíram Bordaberry pelo então presidente do Conselho de Estado,
Alberto Demicheli.