A
varíola foi uma doença infectocontagiosa. É causada por um
Orthopoxvirus, um dos maiores
vírus que infectam os
seres humanos, com cerca de 300
nanômetros de
diâmetro, o que é suficientemente grande para ser visto como um ponto ao
microscópio óptico (o único outro vírus que causa doença também visível desta forma é o vírus do
molusco contagioso). O vírus tem
envelope (membrana lípidica própria). O seu genoma é dos mais complexos existentes. O vírus fabrica as suas
proteínas e replica-se numa área localizada do
citoplasma da célula hóspede, sendo um dos poucos vírus com essa capacidade de se localizar em corpos de inclusão de Guarnieri, ou fábricas. O seu
genoma é de quase 100 000 pares de bases, um dos maiores genomas virais.
O DNA é bicatenar (hélice dupla) linear e com as extremidades fundidas. Ao contrário dos outros vírus, ele contém dentro de si suficiente quantidade das
enzimas necessárias à produção de
ácidos nucleicos, e ao seu ciclo de vida, e utiliza apenas a maquinaria de síntese proteica da célula. Daí que é dos poucos vírus de DNA citoplasmáticos. É considerada extinta desde 11 de setembro de
1978, ano em que ocorreu o último caso que vitimou uma médica num laboratório inglês por erro (
Janet Parker); o último caso registado fora dos laboratórios foi registado em
1977, na
Somália, tendo
Ali Maow Maalin (um jovem de 23 anos, residente na cidade de
Merca )o último homem a contrair varíola fora dos laboratórios, mas se recuperou. Foi a primeira doença erradicada pelo homem, graças à intensa campanha de vacinação em todo o mundo, a sua erradicação foi anunciada em
1980 pela
Organização Mundial da Saúde.